terça-feira, 15 de junho de 2010

Bulldog




Graças a seleção em certas regiões do Oriente se obteve uma variedade

cão de tamanho gigante detentor de uma potente cabeça e um focinho mais curto com relação a cabeça que nos cães mais antigos de lobo, os spitz.

Os primeiros exemplares deMolossos eram cães de tamanhogigantesco,ossos grandes muito fortes.
Dotados de um força incomparável e um valor ilimitado.




Surgiram em diversos países do Oriente. Em meados do Século

VI a.C. foram introduzidos no continente Europeu, inclusive as Ilhas Britânicas pelos hábeis e instruídos navegantes mercadores Fenícios que havíam estabelecido uma florescente rede de rotas comerciais.

Estes Mastins que eram muito procurados por sua guerreira ferocidade e por seu insuperável valor, foram mesclados com os cães locais e os Britânicos desenvolveram uma espécie de molossóide chamado de"PUGNACES BRITANNI" de extrema ferocidade que foram utilizados pelos habitantes da Ilha para lutar contra os invasores Romanos .

Apesar de estarmos muito longe do atual Bulldog Inglês conhecendo os

feitos extraordinários que estes molossos lutadores concretizaram poderemos entender com foi sendo forjado a têmpera e a história do cão

que acabou por se tornar o símbolo e orgulho de uma nação.



Histórico da Raça

Bondogge ou Bolddogge, mais tarde Banddogge, várias palavras foram usadas para nomear esta raça antes de chegar ao nome Bulldog.
"The time when screech owls cry and Banddogges howl and spírits walk and ghosts break up their graves." foi mencionado por Willian Shakespeare (1564-1616) no ato 1, cena VI da peça teatral Henrique VI.
Mas muito antes de Shakespeare, no reinado de Henrique II, meados do ano 1133, havia o costume de organizar lutas de cães contra touros, e na época de João Sem Terra a primeira notícia certa é registrada no Survey of Stamford que narra como sob o reinado de João Sem Terra, no ano de 1209, o Senhor da cidade, Lord Stamford passeando pelas muralhas de seu castelo viu a dois touros lutando pela posse de uma fêmea. Os cães de um açougueiro do local precipitam-se sobre um dos touros, seguiram-no pelas ruas do povoado e o abateram após uma luta feroz.
Lord Stamford gostou tanto do espetáculo que fez a doação do campo aonde havia se iniciado a luta para o Grêmio (Sindicato) dos Açougueiros, desde que, como condição, a cada ano no dia antes das seis semanas que precedem o Natal, o Sindicato fizesse realizar alí um combate similar ao que observara. Denominado por BULL-BAITING, esses combates entre os cães dos açougueiros e os touros furiosos se tornaram muito famosos e populares na Inglaterra.No auge da popularidade este esporte, no qual se apostavam vultosas somas de dinheiro, teve árduos defensores, tanto da nobreza como entre os deserdados. Espalharam-se arenas destinadas para este espetáculo, cujos os vestígios existem até hoje na Inglaterra.
Anos de seleção para ferocidade e coragem tornaram o bulldog um animal obsessivo por luta e sangue. O touro era amarrado pelos chifres por uma corda de 23 metros de extensão a uma estaca no centro de uma arena em forma de círculo e defendia-se com os chifres tentando cornear o abdome do cão, que desenvolveu
a tática de rastejar para proteger-se dessas investidas. Muitos Bulldogs atingidos eram lançados para o alto e, os Bullots (os donos dos cães) amorteciam a queda com seus aventais de couros (típicos dos açougueiros) ou utilizavam estacas de bambu para fazer o cão rolar em segurança até o chão, pois mesmo feridos e em alguns casos com as vísceras expostas, estes cães retornavam para a luta, afinal havia apostas em jogo. Os Bulldogs foram os cães mais adequados para a luta pois, além de tenacidade e uma extrema ferocidade, eram possuidores de uma incrível resistência à dor, além disso o ataque era dirigido para o focinho do Touro, ao qual mantinha preso até que a besta, ensangüentada e exaurida pelas vãs tentativas de livrar-se do cão, caía subjugada. Observa-se, em gravuras antigas, que algumas outras variedades de cães, mais focinhudos como os Spitz, foram testados neste esporte, estes demonstraram uma performance muito inferior ao Bulldog quanto ao desempenho, porque enquanto o Bulldog atacava o focinho, outros cães atacavam o touro pelas orelhas, quando o touro girava a cabeça fazendo movimentos rotativos, arremetia estes animais de encontro aos chifres causando danos irreversíveis (eram leves e não tinham aparência de braquicéfalos molossóide). Os Bulldogs, naquela época, apresentavam um focinho mediano, mas nunca um focinho comprido, e já apresentavam a cabeça globulosa em virtude da descendência dos Mastins Asiáticos. Comparado com outras raças, os Bulldogs apresentavam tipicidade distinta e especial, possuindo algumas características muito particulares. Sua técnica de ataque e destemor nas lutas, fizeram com que ele ganhasse domínio e fama neste cenário, tornou-se a raça absoluta e exclusiva para a prática deste esporte, que conquistou ilustres personagens da Nobreza Inglesa : Os Reis: Jaime I, Ricardo III e Carlos I. A Rainha Isabel I que era apaixonada pelo Bull Baiting, proporcionava este espetáculo como parte dos entretenimentos das recepções oferecidas aos Embaixadores e Monarcas dos Reinos vizinhos. Em 1795 na cidade de Liverpool realizaram um espetáculo de Bull Baiting num dique seco e quando acabou a luta abriram as compotas de água fazendo submergir todos: vencedores e vencidos. Com o passar dos séculos, buscou-se potencializar cada vez mais o físico e o temperamento destes cães, de formas a melhorar o desempenho nas lutas, isto acarretou uma progressiva mutação física, que resultou por fixar geneticamente anomalias que tornaram o cão mais adequado para o Bull Baiting. Patas tornaram-se curtas para rastejar melhor e assim poder esquivar-se com mais eficiência dos chifres, um recuo acentuado do focinho proporcionou um aumento do prognatismo, o que resultou numa mandíbula poderosa, um mecanismo para morder cuja a força e poder o próprio cão desconhecia.
As dobras das rugas, ao redor das narinas, facilitavam o escorrimento do sangue do touro, de modo a não impedir a respiração por obstrução. O cão podia manter-se preso ao touro por muito tempo e permanecer respirando sem dificuldades. Os mais resistentes à dor, os mais destemidos e ferozes, eram separados seletivamente para a reprodução. Gerações e gerações foram acentuando o perfil de um cão que ganhou, nos quatro cantos do mundo, a fama de ferocidade inigualável. Esta seleção permitiu obter, através dos séculos , um cão com características físicas e psíquicas excepcionais. Se obteve um cão de força extraordinária em relação ao seu tamanho. No Bull Baiting que se viu durante os séculos, um cão por vez enfrentava ao Touro e a aposta girava em torno do tempo que o cão levaria para abater o adversário. Mas, isto foi sendo modificado com o passar do tempo. Se em séculos mais remotos o cão deveria enfrentar e abater o adversário no menor tempo possível , depois, o número de Bulldogs na luta foi sendo aumentado e as apostas, que sempre acompanhavam os Bull Baiting, se faziam agora sobre qual seria o primeiro Bulldog a que lograria o êxito de morder a cabeça do touro e manter-se firmemente preso à ela.
Com a evolução do pensamento e refinamento da civilização, tornaram-se os Ingleses conscientes da carnificina injustificável que este esporte representava, o que não era mais admissível nestes novos tempos, passando a configurar como uma exposição de barbárie. Após muita polêmica e debates, a oposição se fez tão forte que, em 1835 se chegou a promulgação de uma lei na qual todos os combates entre animais foram proibidos.
A raça ficou nas mãos de bandidos, dos indivíduos marginais e mal intencionados, que promoviam e mantinham as rinhas na clandestinidade. Paralelamente os autênticos amantes e entusiastas começaram a selecionar a raça para resgatá-la deste triste quadro.
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A raça não era remunerativamente interessante, o amor por ela e por este patrimônio genético que estava para se perder, sob o risco de extinção, motivou esta reação. As subsequentes décadas foram utilizadas, agora para promover o caminho inverso na seleção do temperamento, um ser extremamente perigoso preparado para lutas deveria despir as vestes da ferocidade e ficar livre da má fama da malignidade. Os verdadeiros amantes da raça iniciaram um paciente trabalho de triagem para a seleção dos cães, que apresentassem um temperamento equilibrado, dócil e seguro. E através da seleção destes espécimens, realizou-se o aprimoramento do temperamento, que utilizava a herança genética como meio de transmitir e fixar aos descendentes o bom temperamento. Tornando-se a raça segura e adequada ao convívio civilizado.
Neste empenho, foram impedidos para a reprodução, todos os cães agressivos, neuróticos ou inconstantes. Estes foram sistematicamente rejeitados em favor dos exemplares seguramente de boa índole.
O temperamento do Bulldog foi sendo gradativamente re-moldado, até o surgimento do atual indivíduo, propício para conviver na sociedade sem oferecer a mínima possibilidade de riscos. Foram muitos anos de dedicação calcados sobre um trabalho admirável e idealista.
A primeira exposição de cães foi na Inglaterra em 1859.
Philo Kuon
Os Ingleses foram os pioneiros na cinofilia mundial e o Bulldog foi o centro de estudos e atenções nesta época histórica quando, em 1864, para narrar como seria o tipo de excelência no Bulldog,SAMUEL WICKENS redigiu o primeiro Standard de uma raça canina no mundo. Usou um Pseudônimo: PHILO-KUON pois naquela época era considerado
vergonha escrever algo sobre cães.
Em 1865, um ano após a redação do PHILO-KUON, um grupo de criadores da raça Bulldog Inglês fundou o THE BULLDOG CLUB (o primeiro Club de Bulldogs que antecedeu o atual).
Bulldogs do final so Século XIX
Bulldog do final so Século XX
O primeiro CLUB DE CINOFILIA DO MUNDO, que existe até hoje, chama-se THE KENNEL, foi fundado em 1873 portanto 8 anos após a fundação do primeiro Club dedicado a uma raça canina, o Bulldog.
O THE BULLDOG CLUB (O primeiro Bulldog Club) encerrou as atividades e, em 1875 foi fundado o THE BULLDOG CLUB INCORPORATED, que está em atividade até a presente data e coordena as atividades sobre a raça na Inglaterra, inclusive gerencía os três importantes campeonatos da raça: CRUFTS, BULLDOG OF THE YEAR e THE BULLDOG INCORPORATED, Shows aonde só adentram à pista Bulldogs que tenham títulos de Campeão.
Repassando a Cronologia :
1835- Extinção dos BULL BAITINGS
1859- Primeira Exposição de cães no mundo (Inglaterra)
1864- Primeira redação de um Standard de uma raça canina no mundo, o standard conhecido por PHILO-KUON sobre o Bulldog (Inglaterra)
Primeiro Club dedicado a uma raça canina do mundo :
1865
- THE BULLDOG CLUB (Inglaterra)
Primeira Instituição Cinológica no mundo :
1873- THE KENNEL (Inglaterra)
1875- Segundo Bulldog Club: THE BULLDOG CLUB INC.(Inglaterra)
26/08/1988- A última revisão do Standard da raça Bulldog Inglês
Nos U.S.A. a formação de um Club de Bulldog na América foi concebido inicialmente em 1890 por H.D.KENDALL e LOWELL MASS. Os criadores Estadunidenses eram cidadãos proeminentes, nestes dias, e entre outras coisas importavam muito dos melhores Bulldogs da Inglaterra para a América para começar a sua criação no dito país como muitos ainda fazem hoje. Estes mesmos homens trabalharam sem cansaço para promover com êxito exposições especializadas no começo deste século e foram os responsáveis pela popularização dos Bulldogs, despertando o interesse pela raça em todo o país. No começo o STANDARD usado era o do ENGLISH BULLDOG CLUB, mas havia a insatisfação por parte de alguns membros que acreditavam que não era tão conciso ou informativo como deveria ser. Desenvolveram um STANDARD AMERICANO em 1894, primeiramente denominado : AMERICAN BRED-BULLDOG.
Surgiram protestos por parte dos Ingleses com relação ao nome dado a uma raça reconhecidamente Inglesa. E descontentamento por parte de muitos Criadores estadunidenses com alguns itens inseridos neste Standard.
Depois de um longo e meticuloso trabalho um novo STANDARD foi apresentado aos membros para a sua consideração e aprovação e votado para ser usado. Este STANDARD datado de 1896 é o que se usa atualmente. Foi adotado pelo BULLDOG CLUB OF AMERICA e aprovado pelo AMERICAN KENNEL CLUB em 1896. Foi revisado em 20 de Julho de 1975.
STANDARD conhecido no Brasil como; STANDARD DO BULLDOG (A.K.C.)
OS STANDARDS do THE KENNEL (Oficial F.C.I.) e o STANDARD DO AMERICAN KENNEL CLUB (A.K.C.) seguem até os dias atuais com diferenças descritivas para o que se considera o Bulldog de Excelência.
No mundo inteiro eclodiram BULLDOG CLUBES (Clubes especializados na raça Bulldog Inglês), estes Clubes utilizam STANDARD do THE KENNEL. STANDARD OFICIAL DO BULLDOG INGLÊS reconhecido pela F.C.I. (É o standard número 70 da F.C.I.)
No Brasil, os Criadores GILMAR J.S.DE BARROS e LUÍZ ANDRÉ C. CAMARGO após idealizarem o BULLDOG CLUB DO BRASIL, iniciaram uma mobilização nacional que culminou com a adesão de 29 Criadores da raça, entre estes, todos os nomes de expressão no panorama da criação da raça no país.


A 22 de Abril de 2000 consolidou-se a fundação do BULLDOG CLUB DO BRASIL. Os 29 nomes que compõem esta história da cinofilia nacional poderão ser visualizados neste Site, em ordem alfabética, na: 


O mundialmente famoso e original Bulldog Inglês chega ao início do terceiro millennium como um "CLÁSSICO", uma raça que jamais sai da moda. Um cão destinado a um seleto grupo de pessoas que possuem sensibilidade para apreciar este ser vivo dotado de qualidades estéticas da mais alta classe.


Bulldog e as Exposições

  • As primeiras exposições caninas ocorreram em 28 e 29 de junho de 1859 em Newcastle-on-Tyne (Inglaterra) e esteve reservada somente para as raças pointer e setter.
  • A primeira exposição que aceitou a participação de Bulldogs foi a de Birmingham nos dias 3 e 4 de dezembro de 1860.
  • O primeiro Bulldog que deu prestígio a raça e o primeiro a conseguir o título de Campeão. foi KING DICK, nascido em 1858 e prop. de J. Lamphier vencedor da exposição de Birmingham de 1861.
  • De KING DICK descendeu CRIB julgado por um expert da raça como "PRÓXIMO DA PERFEIÇÃO".
  • Outros descendentes de KING DICK se distinguiram nas exposições, foram ROMANIE e MICHAEL. Ambos tiveram um triste fim. ROMANIE morreu por asfixia num vagão de trem ao regressar de uma exposição. MICHAEL, vendido para França chegou a Paris exatamente no dia do cerco da cidade e foi morto naquela tumultuada ocasião.
  • Baseando-se em KING DICK e CRIB , ajudado por outros experts, Lamphier compilou o primeiro Standard da raça que foi publicado em 1861 . SAMUEL WICKENS redigiu outro Standard e depois de ter obtido a aprovação do Bulldog Club, que havia se constituído durante aquele tempo , se publicou em 1864, sob o pseudônimo de PHILO-KUON(que significa "amigo do cão").
  • O primeiro Bulldog escrito no livro das origens foi ADAMO (ADÃO) nascido em 1863.
  • Após a fundação do Bulldog Club Incorporated o Standard PHILO-KUON foi cuidadosamente revisado e publicado. Resistiu inalterado até 1909.
Quando o Bulldog recuperou-se do passado sangrento se convertendo num cão de exposição, foram muitas as pessoas que decidiram-se fazerem-se criadores, surgiram também as pessoas mal preparadas e desejosas de obter somente um ganho fácil. (Como ocorre hoje em dia) Com a intenção de produzir exemplares cada vez mais típicos ultrapassou-se os limites da normalidade até obter um cão com características hiper típicas: cabeças enormes, extremidades curtíssimas e condutos nasais inexistentes. Acabou transformando na caricatura de si mesmo e começou a apresentar sérios problemas. Se observava animais tão deformados que sequer eram capazes de dar uma volta num quarteirão atrás de seus donos.

Os autênticos amantes da raça mais uma vez rebelaram-se contra a moda que imperava, do cão hiper tipo. Entre as duas facções que se formaram, felizmente prevaleceu um meio termo. Optou-se por uma raça dotada de uma constituição física sem excessos de nenhum tipo. Este movimento de opinião obrigou aos criadores e juizes seguir o tipo desejado pelo público.

Que é o Standard?
O Standard (Padrão) de uma raça, é uma descrição detalhada das características físicas e da constituição do temperamento que os cães desta raça devem apresentar.

Como os seres humanos tem personalidades diferentes e não comungam suas convicções homogeneamente, e, como sabemos que cada pessoa tem dentro de sua própria cabeça uma concepção individual do que seria o cão ideal; caso fosse facultado às pessoas o livre arbítrio para reproduzir os cães como bem entendessem, seguindo sua concepção individual, por certo a tendência seria gerar cães que atendessem às exigências do gosto pessoal. Os cães originados destas reproduções apresentariam particularidades que, no decorrer de um determinado tempo, resultaria em diversas alterações estéticas de forma evolutivas e acentuadas. Isto seria o surgimento de tipos distintos.



Conduzir uma criação de cães sem seguir os parâmetros determinados pela disciplina do Standard, ocasiona o surgimento dos hiper tipos e dos sub tipos, cães afetados por alterações tais, que, em conseqüência, apresentam diferenças individuais no que se refere ao peso, a altura, ao temperamento e aos detalhes que compõem a sua original configuração. O Standard foi concebido para descrever, com detalhes, como é constituído o exemplar ideal na raça. O Standard existe para orientar, não só ao público que deseja aprender sobre a raça, mas, sobretudo, oferecer aos juizes condições de se sair bem num julgamento e orientar ao criador oferecendo os elementos necessários para que ele possa guiar a sua criação, balizada pelos indicadores contidos nesta padronização.



"O MITO"

A Força de um Nome - A Força de um Passado

Por G. SANTANNA DE BARROS
A palavra MITO é relativa às coisas fictícias ou irreais. O MITO é uma palavra que designa um aspecto cultural que na realidade não é concreto, existe somente no imaginário de pessoas supersticiosas, mal informadas ou de pessoas que, por algum motivo, preferem acreditar e propagar a fantasia em detrimento da razão e do bom senso.
A ferocidade do Bulldog constitui-se "HOJE" num MITO.
A figura e o nome do Bulldog, em razão do seu passado, exercem influencia para que o Bull Baiting continue a existir nos dias atuais :
  • Como história, por parte dos criadores da raça Bulldog.
  • Como mecanismo para exaltar o MITO, por parte de pessoas mal intencionadas que utilizam o inexistente Bull Baiting como instrumento para fabricar pseudo raças que vivem a sombra deste MITO.
Querer a continuar a falar de Bulldogs associando o seu nome à palavra ferocidade constitui-se no exercício do MITO, praticada por indivíduos que vivem fora da realidade e por elementos que não pertencem ao mundo da pura raça do BULLDOG INGLÊS.
O Bulldog Inglês é uma prova (incontestável) da competência e da habilidade que os homens possuem, quando querem resgatar uma raça de uma condição indigna, e promover a sua recuperação ao ponto de torná-la exemplo de conduta no meio social. Hoje o Bulldog apresenta um brilhante carisma e dentre todas as demais raças caninas é uma das mais dóceis e afetuosas.
Quando no século 19, foi promulgado um decreto em Roma, proibindo que os Bulldogs transitassem nas ruas, mesmo que acorrentados, os Bulldogs já estavam estigmatizados pela fama de ferocidade (ferocidade que havia sido, no decorrer dos séculos anteriores, propositadamente acentuada pelos homens, através da seleção da raça, para condicionar os Bulldogs para os esportes sangrentos da moda). Após a proibição do Bull Baiting, as décadas subsequentes em que os Bulldogs permaneceram na companhia dos delinqüentes, que, à margem da lei, insistiam na promoção clandestina de rinhas, reforçaram este estigma de vilão. Esta fama foi influenciada também pela aparência de ferocidade peculiar na raça.
A expansão do Império Britânico, nos séculos XVIII e XIX, internacionalizou o Bulldog, pois muitos deles, em diferentes épocas, foram importados da Inglaterra pelos súditos do Império, residentes nas colônias espalhadas pelo planeta.
Posteriormente, nos desenhos animados e nos filmes , aonde fosse necessário um cão vilão, nenhum se encaixava melhor que o Bulldog com a sua cara de poucos amigos.
A expressão de cão bravo, patrocinada por estes filmes e desenhos, percorreu ainda mais o mundo todo, fixando nas mentes das pessoas uma imagem inconfundível.
Não existe uma outra raça que, a nível internacional, tenha alcançado um grau de notoriedade tão elevado.
Se, no interior da China central, for apresentado a um de seus habitantes uma fotografia ou desenho de um Bulldog, certamente este aldeão chinês dirá que conhece aquela imagem. Isso não significa que, algum dia, ele tenha tido a oportunidade de estar pessoalmente na presença de algum Bulldog (quantas são as pessoas, que no decorrer de sua existência, não tiveram a chance de ver um bulldog ao vivo?), mas significa que, em algum momento de sua vida, através de algum filme, desenho animado ou gravura, avistou a imagem bizarra e extremamente original do Bulldog Inglês, (tão estranha quanto inesquecível).
E tem sido assim no mundo inteiro, aonde continua sendo uma raça reconhecida nos quatro cantos do planeta.
Bulldog vem imprimindo, de forma brilhante, a sua passagem por nossa civilização, adaptando-se a novos tempos com invulgar performance; passou por diversas transformações forçadas pela sociedade.
Bulldog dos tempos modernos é dócil, dotado de um temperamento maravilhoso e plenamente confiável. O período negro de seu passado faz parte de uma rica história, e deve ser mencionado até mesmo para que sirva de exemplo, quanto ao poder que os homens tem, quando querem canalizar seus esforços, na arte de criar cães, para ambas as direções de uma criação: a destrutiva e a construtiva. Mas este passado de sangue é, orgulhosamente, encarado pelos atuais criadores como sendo é uma página virada na história da raça.
Lamentavelmente observamos em nossos dias, que existem pessoas que, atendendo uma índole beligerante, empenham-se na formação de novas raças, cuja a finalidade tem sido a de criar cães que possam reproduzir os feitos realizados pelos Bulldogs do passado ou explorar indevidamente a imagem do Bulldog.
Hoje, o Bulldog está convivendo com o "MITO BULLDOG" (fortemente presente e associado à sua imagem e ao seu nome pelos feitos passados), Este MITO Bulldog, gerado por uma fama de reconhecimento internacional, deixa um rastro muito forte por onde passa, despertando a atenção destes oportunistas de plantão.
O MITO BULLDOG tem sido um atrativo de escusos interesses.
Possivelmente por pessoas que, após diversas tentativas, fracassaram na arte de criar os verdadeiros Bulldogs, e que hoje se dedicam a mesclar exemplares da raça Bulldog com outros cães, com o objetivo de criar novas pseudo raças.
Inventam raças novas a cada período (que muitas vezes não se enquadram nas exigências necessárias para ter reconhecimento de pura raça canina). Promovem a criação de espécimens híbridos, e utilizando-se de falsos expedientes estão anexando o nome Bulldog juntamente a outras palavras para constituir um novo nome, com o qual nomeiam uma pseudo raça que carece de reconhecimento da Cinofilia séria, ética e responsável.
E, tendo o interesse de atrair a atenção do público consumidor para este trabalho, inventam estórias com enredos destituídos de argumentos críveis, fundamentadas em interesses pessoais. Com o objetivo de promover a estes cães, tentam iludir aos ouvintes transferindo os méritos e a tradição da história do Bulldog para estes espécimens que, por serem da época moderna, são destituídos de história e de tradição.
Isto é o que denominamos por "MITO", que imprime notoriedade a qualquer outro cão que descenda do Bulldog (quando descende realmente).
Excessos estão sendo cometidos sob os pretextos mais levianos. Um dos mais comuns posto em prática é o da inversão de valores, chegando-se as raias do absurdo de alegar que o Bulldog Inglês descende de cães (pseudo raças modernas) que tiveram no processo de sua formação o sangue do próprio Bulldog, cães que sequer tem 30 anos de formação pseudo racial. Pessoas dotadas de segundas intenções apresentam ao público estas pseudo raças, não reconhecidas pela principal e mais importante Instituição Cinológica (A K C) dos USA, país em que estão sendo formadas.
Tentam vestir com a tradicional história do Bulldog a cães despidos tradição própria, na maior parte das vezes de cães de passado tão moderno quanto obscuro.
Deveremos aplaudir as iniciativas e o trabalho sério voltados para a formação de novas raças, e a questão não é esta. Entendemos que a uma pseudo raça (hoje em formação), possa ser uma raça reconhecida e de prestígio no futuro, pois esta linha de pensamento transita pela lógica da expectativa. Entender que estas possam herdar os atributos inerentes a uma das raças que estão fazendo parte desta formação, é compreensível e aceitável, é uma identificação de origem, ainda que se explore apenas o campo das possibilidades.
Articular para que uma pseudo raça ganhe notoriedade à sombra de uma raça de inquestionável tradição, fama e prestígio, poderá constituir-se um estratagema não condenável.
A má fé está na intenção de aproveitar-se da desinformação do público para tentar confundir as pessoas, e, utilizando-se de falsos expedientes, criar argumentos mentirosos que induzem a suposta transferencia da história do Bulldog Inglês para estas pseudo raças com o objetivo de viabilizar a comercialização delas. Dota-las de magia e de mistério para faze-las mais atrativas.
Instituindo a mentira, as falsas informações, muitas vezes citadas de maneira propositadamente truncadas para promover a distorção da história.
Um ato de hipocrisia e leviandade. É um procedimento a que devemos condenar por tratar-se , antes de tudo, de um ato de má fé.
Nos Estados Unidos da América estão sendo detectados as seguintes pseudo raças nestas circunstâncias :
  • OLDE ENGLISH BULDOGGE
  • BRITISH BULLDOG
  • SUSSEX BULLDOG
.
  • OLD THYME BULLDOG
  • A-LAP-AHA BLUE BLOOD BULLDOG
.
No Brasil, está sendo detectada a seguinte pseudo raça nesta circunstância:
O anúncio diz:
BULLDOG campeiro (forma original do bulldog derrubador de touros) agilidade, robustes, cara feia. Resgate e aprimoramento da raça. Filhotes filhos de Titan e Laka.
É importante salientar três pontos :
  1. O AMERICAN KENNEL CLUB, Instituição de Cinofilia dos USA, não reconhece a pureza destas raças. Elas não possuem o pedigree do A K C.
  1. O THE KENNEL (Inglaterra), a F.C.I. e o A K C facultam somente para duas raças o uso da palavra BULLDOG compondo o nome da raça canina :
  2. O BULLDOG INGLÊS e o BULLDOG FRANCÊS.
  3. Todos os promotores destas pseudo raças, tem um princípio comum, atribuir a estes cães os feitos históricos realizados pelo Bulldog Inglês no passado. Todos alegam que estes cães são os originais e autênticos cães lutadores das rinhas dos séculos passados (em temperamento e fenótipo). Tentam justificar todo este folclore instituído, com os mais incoerentes argumentos como, por exemplo: " de que estes cães estiveram confinados todos estes anos nas fazendas Americanas que existem no interior do país (USA), aonde viviam e eram selecionados mantendo a pureza raça, e por isso, quase que miraculosamente estiveram preservados (Haja Stock nestas fazendas para evitar um inbreeding devastasse estas linhagens)". Alguns criadores de outra pseudo raça estão divulgando em Website sobre esta raça aqui no Brasil, a mesma estória, totalmente destituída de embasamento crível. Alegam que esta pseudo raça seja o antigo fenótipo do Bulldog lutador, ou seja, neste caso, um retrocesso na história da evolução do Bulldog. E esta pseudo raça tem uma caixa craniana estreita, incompatível para com aqueles que pretendam se candidatar a um dia ser considerado como braquicéfalo e molossóide.
Atribuir a estas pseudo raças os feitos que fazem parte da história da raça Bulldog Inglês, demonstra o poder de influencia que o MITO BULLDOG irradia.
Sería apenas uma fórmula inventada para encantar a um ouvinte. Sería um argumento para convencer enganosamente a um interessado de que ele estaria prestes a adquirir um animal de significativo passado e tradição, mas, não é tão simples assim, muitos outros problemas surgindo em decorrência disso. Pessoas que compraram de boa fé, iludidas por estórias construídas por sobre informes propositadamente truncados e mentirosos, interpretam assim que estão comprando um animal de pura raça e só descobrem-se lesadas quando decidindo apresentar estes cães nas exposições são impedidas de participar, descobrindo tardiamente, tratar-se de uma raça não reconhecida como pura.
A palavra MITO é relativo às coisas fictícias ou irreais. O MITO é uma palavra que designa um aspecto cultural que na realidade não é concreto, existe somente no imaginário de pessoas supersticiosas, mal informadas ou de pessoas que, por algum motivo, preferem acreditar e propagar a fantasia em detrimento da razão e do bom senso.
A ferocidade do Bulldog constitui-se hoje num MITO.
A figura e o nome do Bulldog, em razão do seu passado, exercem influencia para que o Bull Baiting continue a existir nos dias atuais :
  • Como história, por parte dos criadores da raça Bulldog.
  • Como mecanismo para exaltar o MITO, por parte de pessoas mal intencionadas que utilizam o inexistente Bull Baiting como instrumento para fabricar pseudo raças que vivem a sombra deste MITO.
Querer continuar a falar de Bulldogs associando o seu nome à palavra ferocidade, constitui-se no exercício do MITO, praticada por indivíduos que vivem fora da realidade e por elementos que não pertencem ao mundo da pura raça do BULLDOG INGLÊS.
O Bulldog Inglês é uma prova (incontestável) da competência e da habilidade que os homens possuem, quando querem resgatar uma raça de uma condição indigna, e promover a sua recuperação ao ponto de torná-la exemplo de conduta no meio social. Hoje o Bulldog apresenta um brilhante carisma e dentre todas as demais raças caninas é uma das mais dóceis e afetuosas.


O BULLDOG ATUAL


English Ch. Roseville Blaze
Bulldog Inglês é um animal Majestoso e Antigo, muito raro:
Deve apresentar uma impressão de determinação, força e atividade. O temperamento deve ser vivaz, destemido, fiel, digno de confiança, corajoso, de aparência feroz mas dotado de natureza afetuosa.
Os criadores no passado fizeram dele um animal cruel e sem piedade, pronto para cravar os dentes em qualquer coisa que se movesse ante aos seus olhos. Mas os criadores posteriores, no curso de algumas décadas, o converteu num cão como todos os demais, inclusive mais doce e equilibrado que a maior parte dos exemplares de guarda e de defesa. Atualmente é um cão sumamente fiel, é fleumático, gosta de brincar com crianças, dotado de um enorme auto controle e um bom sentido de humor, que mostra a todos os seres humanos um afeto profundo e uma grande indulgencia. Isto é o que asseguram os cinófilos que tem estudado a raça. Tem aparência carrancuda, um aspecto intimidatório e incorruptível, mas quando o conhecemos mais profundamente verificamos que existe um coração dourado escondido sob aquela massa de músculos.
* * * * *
É um dos cães mais tranquilos e preguiçosos.
Para fazer com que um Bulldog perca a paciência é preciso chegar a extremos incríveis.
Este extremo pode ocasionar um ato em defesa dos seus, fulminantemente poderá se lançar sobre o agressor. Também, em razão do passado, não convém que seja adestrado para o ataque, o instinto de defesa ele já trás consigo. De qualquer forma não fará falta que deixe de receber educação de defesa, porque o efeito promovido pelo seu aspecto feroz é suficiente para fazer desistir a qualquer mal intencionado que se aventure, sem permissão no seu território.
Com respeito às relações com os outros cães, as opiniões dos conhecedores não coincidem : Alguns juram que se trata de um cão amigável, sempre disposto a simpatizar com todos os colegas que encontra, e há quem o tacha de individualista e altivo com os demais. As cadelas são excelentes mães e adotam com facilidades e amor maternal os filhotes de outras fêmeas. Os filhotes já demonstram asseio desde pequenos. É um cão que desenvolve hábitos de higiene, preferindo colocar os seus dejetos sempre no mesmo local, o que os torna muito próprios para apartamentos.
Latem pouco mas, quando algo foge à rotina (principalmente à noite, se não estiverem em sono profundo) dão o alarme evidenciando seu passado como cão de guarda.
Efetivamente não é o tipo de cão subserviente, admira os humanos, tem prazer pela companhia do dono e se relaciona com ternura, mas mantém uma independência. Nas brincadeiras são fanfarrões e truculentos e, diria sem medo de errar: "cafajestes".
Se tentar submetê-lo às brincadeiras e jogos que ele não aprecia, ele arranjará um jeito de tornar a brincadeira cansativa para quem a propôs, revertendo o quadro a seu favor. É um excelente companheiro, ideal para todos aqueles que amem a originalidade e a beleza funcional, único critério para julgar em cinofilia a beleza de um cão. O Bulldog detém um excelente apetite e aprecia o ócio, quando quer dormir ignorará aos chamados de seu dono que, ainda terá que suportar os seus fortes roncos quando dorme, o que faz por muitas horas ao dia. Não se pode negar é que hoje, "a máxima aspiração de um Bulldog", seja a de estar acomodado sobre uma almofada e contemplar a vida que transcorre ante os seus olhos ou adormecer num sono profundo e reparador.
Com amor tudo se consegue de um Bulldog mas, é imprescindível que se estabeleça, logo desde os primeiros dias, uma relação coerente, sem altos e baixos, e a margem de qualquer debilidade ou comportamento brusco. Se não for assim, o inteligentíssimo Bulldog muito cedo qualificaria a seu dono como um moleirão, ao que se pode amar, mas não obedecer. Sem dúvidas o que mais chama a tenção nesta raça é o seu desmesurado amor pelas crianças. Junto a elas, até a sua expressão facial muda para dar lugar a um gesto de tranquilizadora bondade. Na relação entre os seres humanos (sejam adultos ou crianças) e os Bulldogs, os Bulldogs jamais os coloca em situação de perigo e chega a ser considerada como uma raça esplêndida neste aspecto; para os que tem um Bulldog ou para os que já tiveram este cão em suas vidas, existe uma opinião muito sincera e homogênea de todos a este respeito, de que :
"UMA VIDA NUNCA SERÁ PLENA SE NÃO SE TEVE UM BULLDOG"
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Exercícios físicos e educação:
O BULLDOG INGLÊS é fruto de uma cuidadosa seleção que torna essa raça possuidora de anomalias permanentes.
Por ser um cão extremamente compacto tem as suas limitações, jamais espere que ele se lance em carreiras desenfreadas como fazem os galgos. É considerada como a raça canina mais brevilinea do mundo, Por ser tão compacto, exercícios como: correr acompanhando o dono numa bicicleta, tornam-se proibitivos para esta raça que definitivamente não se enquadra num perfil de raça para esportista.
Apesar de não ser dado a corridas, é uma raça que tem uma incrível força de arrasto e, para que não haja problemas com esta força, o melhor é acostuma-lo desde cedo a caminhar com a guia; do contrário, durante toda a vida arrastará seu dono atrás de si como se fosse um estandarte, totalmente surdo para as reclamações mais desesperadas.
O Bulldog é um cão dado a rotina, por isso o filhote deve ser acostumado desde cedo a ter um canto próprio, aonde ele se refugiará quando estiver inseguro ou quiser se isolar do mundo. O sítio destinado para este fim deverá ser escolhido, seguindo como critério a rotina da casa e a movimentação das pessoas e do cão (imaginando-o já na forma adulta), de modo a não ser necessário efetuar futuras mudanças deste local, o que confunde e desestabiliza o emocional do cão acarretando o stress. Quando menos efetuar mudanças, melhor para eles, por isso, este local deve ser definido, se possível em caráter definitivo, e para haver sucesso nesta escolha, este local não deve atrapalhar a rotina da casa e nem os afazeres domésticos.
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SAÚDE E HIGIENE
Reprodução:
Os problemas de reprodução, encontrados pelos criadores são numerosos e diferentes uns dos outros. Estes problemas constituem um sério entrave ao sucesso desta criação e decorrem das particularidades da anatomia e fisiologia da raça, fixadas pela seleção.
  • ACASALAMENTO É DIFÍCIL - Muito pesado e compacto, de uma natureza bastante linfática, o macho sente uma dificuldade para um acoplamento natural. Quase sempre são necessárias providencias para manter os parceiros unidos e permitir o acasalamento.
  • A TAXA DE FECUNDIDADE É FRACA - Ainda que os cios das fêmeas sejam notados, a data de ovulação é extremamente variável. Existe um considerável percentual de fêmeas hipo férteis.
  • O PARTO RARAMENTE É FACIL E NATURAL - É notório que se trata de uma raça que apresenta problemas de reprodução; porque hoje a raça apresenta o terço anterior do corpo amplo e potente e uma pelves estreita e fina. Isto não é tudo, nenhuma outra raça tem um tamanho de cabeça em proporção ao corpo tão grande o que contribui para tornar difícil o parto que, habitualmente se realiza por cesariana. A seleção foi baseada no tamanho da cabeça e na largura dos ombros, sem se preocupar com a adaptação da bacia da cadela; porque, eventualmente, face a alguma deficiência hormonal, a cadela não entre em trabalho de parto; porque muito amiúde, há presença de um ou vários filhotes com edema, ou a contração anormal de uma trompa uterina provoca a retenção de toda a ninhada; porque o tonos muscular é fraco muitas vezes, correspondente ao caráter tranqüilo de grande parte dos exemplares da raça o que impede a expulsão de todos os filhotes, acarretando uma cesariana de urgência, feitas em condições difíceis numa cadela já esgotada. Pesquisas realizadas indicaram um percentual muito baixo para a possibilidade de uma fêmea de Bulldog parir normalmente uma ninhada inteira, como ocorre com outras raças. Muitos filhotes são perdidos por sofrimento fetal, porque algumas pessoas desconhecem estas estatísticas ou preferem desconsidera-las. Noutras ocasiões alguns profissionais que prestam atendimento ao proprietário da cadela, por desconhecer os problemas da raça, ou por não se convencerem quando alertados sobre estes problemas, induzem o proprietário a crer na possibilidade do sucesso de um parto normal.
Higiene:
Os olhos e a boca devem ser alvo de atenção, os olhos devem ser revisados com atenção para evitar infecções. A pele ficará protegida quando for integrada na dieta complementos da vitaminas A e H. As dobras faciais, a pele entre os dedos, e as áreas que possam ficar expostas a uma fricção prolongada requerem uma terapia baseada na limpeza cuidadosa dessas zonas e posteriormente, se necessário, uma medicação a base de pomadas com cortisonas e antibióticos. Após o banho é fundamental que o cão, após enxuto por uma toalha, seja completamente seco com um secador, os sulcos das dobras (rugas) da cara devem ser secas sem atritar a pele e o pelo, pressionando levemente a toalha, com cuidado e atenção. Deve ser escovado pelo menos duas vezes por semana.
Alimentação :
É um animal dotado de um bom apetite as necessidades diárias de Kcal variam entre 850 a 950. Excessos alimentares proporcionarão um estado de obesidade. A alimentação contínua com ração industrial que contenha farelo de soja é prejudicial. O Bulldog se caracteriza por uma excessiva atividade da glândula tireóides.
Uma dieta balanceada e variada proporcionará mais qualidade de vida e longevidade ao cão. Evitar administrar exclusivamente ração por períodos extremamente longos. Introduzir periodicamente, na dieta do cão, vísceras bovinas frescas cosidas com legumes e arroz proporcionará uma variação no cardápio que impedirá o surgimento de infecções de origem nutricional do tipo "BLACK TONGUE".
Saúde:
Devemos lembrar que o Bulldog poderá apresentar uma predisposição para cardiopatia congênita consistente na estones da válvula pulmonar. Esta má formação que afeta a parte direita do coração. Pode ser a causa de um crescimento defeituoso do cão com pouca resistência e com possibilidade de complicações graves, até a morte, num animal adulto.
Apresenta uma incompatibilidade com temperaturas elevadas, acima de 37 graus, e deve ter condições de acesso e repouso aos locais frescos e ventilados na estação do Verão, e nos dias quentes do ano. Ele equaliza a temperatura corporal refrescando a si próprio na tigela de água e colocando toda a superfície do abdômen em contato com superfícies frias como os pisos vitrificados, por exemplo .A descompensação térmica do Bulldog pode levá-lo à morte caso seja acometido pelo mal estar conhecido como : HEAT-STROKE (GOLPE DE CALOR) que ocorre quando é deixado em carros com os vidros fechados, sem ventilação e estacionados ao sol; Ou quando é exercitado ou levado para caminhar nas horas mais quentes do dia. O ideal é levá-lo para passear nas primeiras horas da manhã ou à noite.
Ao chegar do passeio deve ter a vasilha d'água recolhida, esperando que recomponha a temperatura interna.(oferecer-lhe água decorridos 30 minutos após o término do exercício).
Para que tenha uma vida saudável e a mais longa possível necessita de qualidade de vida, abrangente a uma boa e equilibrada alimentação e,
acima de tudo companhia humana. Deve ser integrado ao ambiente familiar para estar feliz e corresponder a toda expectativa que dele se espera. Se for confinado ininterruptamente em canis fica deprimido e tende a desenvolver Stress e consequentemente dermatites de fundo emocional.
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FICHA TÉCNICA:
Standard resumo:
    1. PESO
      Macho adulto 25 Kg.
    2. Fêmea adulta 22,7 Kg.
    1. CABEÇA
      Crânio com circunferência igual a altura, em cruz (cernelha), de cada exemplar.
    1. OLHOS
      Localização relativamente baixa, a altura do nariz, muito distantes entre si e das orelhas; seu angulo externo está na mesma linha das bochechas. Arredondados, de tamanho médio, nem fundos, nem salientes, muitos escuros, tanto que devem parecer pretos, a esclerótica não deve ser visível.
    1. ORELHAS
      De inserção alta sobre a cabeça, finas e de pequenas dimensões, com a borda superior dobrada de uma maneira que deixam ver uma boa parte do interior do lóbulo.
    1. PESCOÇO
      Bastante curto, bem encurvado na parte superior, com uma abundante papada lateral que, partindo da mandíbula inferior chega até o peito.
    1. EXTREMIDADES ANTERIORES
      Ombros largos, oblíquos e profundos, bastante musculoso. Patas muito vigorosas, um pouco curtas em comparação às posteriores e muito distanciadas entre si. Cotovelos baixos e bem separados do tórax.
    1. CORPO
      Peito muito amplo, convexo, que se estende desde o alto dos ombros até a ponta do esterno e desce entre as extremidades anteriores. Tórax bem torneados com costelas que se vêem claramente. Ventre levantado sem cair.
    1. EXTREMIDADES POSTERIORES
      Patas muito grandes e musculosas levemente curvadas e metatarsos curtos.
    1. CAUDA
      De inserção baixa, bastante curta, dirigida à base e recolhida na ponta, deve ser portada baixa.
    1. PELO
      Fino, curto, compacto e brando. Com respeito à cor do Bulldog pode ser de tonalidade contínua (admitindo-se todas as variações, do amarelo ao leonado, tigrado, branco sejam sólidos ou mesclados, a mascara negra sobre o focinho e ao redor dos olhos é extremamente desejável).
Considerações sobre o Standard da Raça:
  • A cabeça deve ter um crânio mais largo do que comprido.
  • As bochechas devem ser bastante arredondadas, rádio ou tíbia nasal quase inexistente afundado num talhe bastante marcado, e o focinho curtíssimo deve ser o mais largo possível com um queixo bastante evidente e marcado.
  • As extremidades anteriores, sustentam um tórax com perímetro bem arredondado.
  • A linha superior, partindo de uma fenda situada atrás dos ombros sobe até a anca formando um perfil definido como "dorso de carpa"
  • A anca é alta e bastante rígida, fazendo com que o Bulldog caminhe de uma maneira típica denominada de rolling.
  • A cor Branco sólido é a terceira cor na ordem de preferencia, a cor preferida e considerada como sendo a mais tradicional e representativa na raça é o vermelho mesclado com branco.
Características Gerais:
  1. CARÁTER - Afetuoso, leal, com forte personalidade e muito inteligente. Em certas ocasiões, independente e teimoso.
  2. QUALIDADES - Muito limpo e seu pelo não requer muitos cuidados particulares. Praticamente não ladra e, quando o faz existem razões que o justifique.
  3. CUIDADOS ESPECIAIS - Nenhum em especial, só não confinar por tempo prolongado longe das pessoas da casa, para não ficar deprimido uma vez que necessita estar em companhia humana. Convém lembrar que não suporta calor em demasia e nem passeios demasiadamente longos.
  4. TEMPO DE VIDA - Estimado em 10 a 12 anos. Para que tenha uma vida saudável e o mais longa possível necessita de QUALIDADE DE VIDA, abrangente a uma boa e balanceada alimentação com uma dieta variada, e, acima de tudo companhia humana. Deve ser integrado ao ambiente familiar para estar feliz e corresponder a toda expectativa que dele se espera.
É adequado para:
  • Famílias com crianças acima de 6 anos de idade.
  • Famílias com gostos especiais.
  • Pessoas que vivem só (aposentados) ou casal sem filhos.
  • Pessoas individualistas capazes de aceitar que um cão também possa ter personalidade própria.
  • Todos aqueles que tenham uma forte personalidade e dotes de comando.
Não é adequado para:
  • Desportistas que querem um animal para praticas exercícios intensos.
  • Indivíduos que querem um cão obediente ao máximo, (extremamente subserviente).
  • Os principiantes, que desconhecem psicologia canina. Caso insistam em adotar um Bulldog devem ler livros sobre o assunto antes.
  • Personalidades demasiadamente complacentes ou débeis.

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