domingo, 20 de junho de 2010

Porquinho da Índia

RAÇAS

Existem diversas raças de porquinhos-da-índia, embora pouco conhecidas no Brasil. Em países europeus e nos Estados Unidos, as raças são bem caracterizadas e há inclusive diversas exposições com prêmios aos melhores representantes de cada raça. A ACBA (American Cavy Breeders Association) é a associação de criadores de porquinhos-da-índia dos E.U.A. Abissínio
Abissínio: De pêlo curto, formando rosetas, o Abissínio padrão possui dez rosetas. Existe também o Abissínio-Cetim, quando as rosetas possuem um brilho acetinado.

Dálmata
Dálmata: De corpo com machas pequenas. Cabeça com marcas laterais. As manchas podem ser de qualquer cor. Os Dálmatas carregam um gene letal recessivo, por isso nunca devem ser cruzados entre si. Como a cor dálmata é dominante, se cruzados com animais de outras cores, os filhotes nascerão Dálmatas.
Self
Self: De pêlo curto e liso, corpo inteiro da mesma coloração.


Peruano
Peruano: De pêlo extremamente longo e sedoso. É considerada a mais bela raça. Criá-los exige paciência, uma vez que os longos pêlos necessitam ser escovados constantemente. Também há o Peruano-Cetim. Penteado o pêlo deve ter forma circular.
Silkie
Silkie: Muito parecido com o Peruano, mas geneticamente é um Americano de pêlo comprido. A maior diferença para o Peruano consiste no fato de que o pêlo do Silkie cresce atrás da cabeça e para trás. Penteado, o pêlo deve ter forma de gota. Também existe na variedade cetim.
Teddy
Teddy: Ele possui esse nome por lembrar um ursinho de pelúcia. O pêlo é curto, denso e crespo. Também existe na variedade cetim.

Agouti
Agouti: A cor originária dos porquinhos, a cor selvagem e dominante. Pêlos pretos com a pontinha marrom e preta.

Texel
Texel: Pêlo longo e crespo, é uma mistura do Rex com o Silkie.


Himalaio
Himalaio: É branco de olhos vermelhos, com as extremidades do corpo escuras. Existe nas cores preto e chocolate.

Coronet
Coronet: Igual ao Silkie, mas com uma crista na cabeça.


Dutch
Dutch: Com marcas coloridas na cabeça e região traseira.


Casco de Tartaruga
Casco de Tartaruga: Com pêlos preto, branco e marrom, as cores não podem se misturar.


COMPORTAMENTO


Os porquinhos-da-índia são animais de natureza incrivelmente sociável, capazes de relações e estruturas sociais complexas. Mas ainda há muito que não sabemos sobre eles. São animais que vivem em grupos rigidamente estruturados. Há um macho líder, que tem o domínio sobre o território, fêmeas e comida. Com várias fêmeas e filhotes, além de jovens machos subordinados.

O macho líder, geralmente o maior e mais forte, impossibilita que outros machos já maduros se acasalem, se alimentem junto com os outros, e, até mesmo, que utilizem o mesmo refúgio que o resto do grupo.

Por isso, é comum os jovens machos viverem ao redor do grupo, na periferia, sempre mantendo uma distância saudável do macho líder. Porém, muitas vezes, ficam escondidos e esperam o líder se afastar para sorrateiramente buscar a apetitosa comida e ir atrás das fêmeas. Muito embora eu nunca tenha observado porquinhos-da-índia verdadeiramente selvagens, suponho que esse comportamento do líder leve os jovens machos a abandonar o seu grupo de origem para formar seus próprios.

Em cativeiro, no entanto, todos machos que nascem, crescem sabendo que determinado macho é o dominante. Depois de adultos, mesmo sendo mais fortes, não enfrentarão o líder, a menos que este já esteja muito velho, pois vivem com um sentimento de inferioridade e medo constantes. Já as fêmeas não enfrentam uma realidade tão dura. Apesar de haver hierarquia entre elas, não são tão agressivas umas com as outras, e jamais correm o risco de serem expulsas do grupo. Todas são sempre bem aceitas pelo macho líder em qualquer situação. Na verdade, são elas, muitas vezes, as causas de tanta rivalidade entre os machos. Há algumas referências de que as fêmeas podem lutar entre si por status, mas jamais irão expulsar as perdedoras ou de baixa posição social, nem irão privá-las de comida e acasalamento, como fazem os machos entre si.

Comportamento

Elas parecem não se importar com quem vão acasalar: é de quem chegar primeiro. Talvez por isso o líder tenha que manter uma vigilância constante sobre elas, o que deve ser meio estressante quando se tem uma média de dez ou mais fêmeas no grupo.

A corte envolve um comportamento bastante característico que inclui sons e linguagem corporal.

O macho se aproxima da fêmea fazendo "prrrrr" e "rebolando" (fica parado levantando ora uma pata traseira, ora a outra); esta dança é chamada de "Rumba". Mesmo se a fêmea estiver no cio, irá ignorá-lo no início. Depois tentará se aproximar e ele ou ela irá levantar a cabeça para o outro lhe lamber o pescoço. Esse é um sinal de carinho e parece ser definitivo para mostrar que a fêmea está pronta, embora algumas vezes seja suprimido da corte.

As fêmeas depois de grávidas passam a evitar os machos e perto da hora do parto, procuram um lugar seguro para dar à luz. Apesar das fêmeas serem boas mães, não são lá muito carinhosas. Muitas vezes caminham por cima de seus filhos fazendo-os rolar no chão; na hora da comida são capazes de arrancá-la da boca dos pequenos, mesmo que haja alimento de sobra, e isto pode ser feito com tal violência que pode levantar o filhote do chão. Mas defenderão ferozmente sua cria de qualquer agressor e atenderão correndo cada vez que gritarem por atenção.

Podem formar berçários, ou seja, um local onde ficam todos os filhotes de todas as fêmeas, e todas as fêmeas amamentam todos os filhotes. Em geral, o local do berçário não é o mesmo que o resto do grupo utiliza como refúgio. Os filhotes podem ser deixados sozinhos por várias horas enquanto a fêmea se alimenta.

Importante:
Fêmeas criadas na ausência de machos podem se tornar bastante agressivas com fêmeas estranhas e até mesmo com filhotes (de ambos os sexos). Para se diminuir essa agressividade, pode-se colocar um pouco de perfume na fêmea dona do território e na fêmea estranha, a fim de mascarar as diferenças de odores; o ideal é que se faça a apresentação dos animais em território neutro e amplo, a fim de reduzir as disputas e permitir que a fêmea mais fraca fuja caso se sinta muito ameaçada. Seguindo-se essas regras, normalmente as fêmeas acabam por tornar-se amigas, e após algumas horas não deverá haver mais atritos entre elas.

Dois porquinhos machos praticamente SEMPRE acabarão brigando quando atingirem a idade adulta (mais de 10 meses), a menos que mantidos em um cercado suficientemente grande pra que cada um possa ter o seu próprio território. Quando criados em gaiolas, aconselho a somente manter juntos machos jovens e sem a presença de fêmeas. A briga de dois machos adultos costuma ser muito séria, podendo inclusive resultar na MORTE de um ou ambos os animais.

Por essa razão, aconselho enfaticamente que NUNCA se deixe dois machos adultos juntos, mesmo que a princípio estes pareçam se dar bem.



LINGUAGEM DOS PORQUINHOS

  • Cuíí, cuíí, cuíí ! = Chamar a atenção de alguém. Pode ser o filhote abandonado, chamando por sua mãe ou um porquinho faminto implorando por comida ao seu dono.
  • Cuíííííííííííí !!!!! = Simboliza medo e desespero.
  • Purr = Prazer e segurança. Pode ser emitido por um macho fazendo a corte, ou por um porquinho-da-índia sendo acariciado.
  • Drr = Sinal típico de alerta a sons desconhecidos, altos ou desagradáveis.
  • Resmungo, som baixo e curto = Manter contato com os outros.
  • Bater os dentes = ou estão brabos ou querem avisar o oponente de que não estão gostando de algo.
  • Chorinho = Som normalmente emitido pela fêmea não receptiva às tentativas de corte do macho.

Um comentário:

  1. Fofos,cabeludos,e mais fofos...Ai ai ai Soso vc e suas coisinhas né....
    Bjs!
    Juju

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